O
Agente Sócio educador Valdenor Leandro Vieira, que trabalha a pouco
mais de dois anos na Unidade Sócio Educativo Purus, em Sena Madureira,
foi preso na madrugada desse sábado dia 6, acusado de porte ilegal de
arma de fogo e embriaguês. Segundo consta o agente estaria na altura do
quilômetro oito da BR 364, sentido Sena a Manuel Urbano, quando foi
surpreendido por uma viatura da PM que lhe advertiram pra que se
retirasse do local, pois havia denuncias que de o mesmo estaria
perturbando a ordem pública com o som alto do seu carro, ordem que foi
catada por parte do agente.
Durante
o trajeto para sua residência, o agente, mais uma vez foi interceptado,
dessa vez por outra guarnição da PM que lhe fizeram buscas pessoais,
revistaram seu carro e apreenderam uma arma que estava guardada dentro
do veículo, arma, que pertence, a outro agente. De imediato a polícia
militar deu voz de prisão a valdenor, que foi encaminhado à Unidade de
Segurança Pública, onde passou toda a madrugada e depois a pedido do
Instituto de Sócio Educação foi transferido para o presídio de Rio
Branco, já que a direção da Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes
alegou não ter espaço adequado para acomodar o agente.
Na
tarde desse sábado um grupo de agentes compareceu à Unidade de
Segurança Pública para prestar solidariedade ao companheiro, mas,
alegaram ser maltratados por alguns policiais Civis, “Nós chegamos aqui
com ordem e com calma, não fizemos qualquer exigência absurda, queríamos
apenas ver o nosso colega, mas, o que recebemos aqui foi um tratamento
digno de vagabundo, um policial civil não parava de dar piadinhas, nos
chamando de advogados. Além de não nos deixarem ver o colega, ameaçaram
efetuar tiros de arma de fogo caso permanecêssemos no local”, informaram
os agentes.
A
revolta dos agentes não para na falta de cordialidade por parte da
polícia Civil, com membros de uma área co-relata à sua já que também faz
parte da segurança pública, mas, também, na forma em que expuseram o
agente público, “O colega foi preso... até aí tudo bem, mas, algemá-lo
como se fosse um bandido qualquer, também já é de mais. A polícia Civil
levou o agente algemado até o hospital para fazer corpo de delito, o que
mais intriga é que existe uma lei que regulamenta o uso de algemas, que
diz : se e somente se, a pessoa presa ofertar perigo eminente, o que
não era o caso”, afirmou um dos agentes.
O
Sindicato dos Agentes Sócio Educadores do Acre, já foi acionado e deve
estar adotando as medidas cabíveis acerca do caso, “Queremos que a
polícia civil explique sua postura de hoje à tarde, trataram um agente
público concursado como qualquer criminoso que pegam nas esquinas, isso
foi um abuso, já que mesmo sendo crime o que ele fez também se trata de
crime afiançável, já vi muito figurão chegar lá desalgemado e ainda
exigindo coisas, com o gente público é uma pouca vergonha dessas”,
afirmaram.
Pelo
visto o clima é de tolerancia zero por parte de alguns policiais em
relação aos agentes de uma forma geral, já que no ano passado um agente
penitenciário, também foi preso em Sena Madureira , por disparo de arma
de fogo em vias públicas e teve tratamento semelhante na Uniadade de
Segurança Pública.
Fonte: http://www.reportersena.net/
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